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22/07/10

HELSINQUIA(FIN) - OULU(FIN) - 611KMS


03/06/2010


Despertar a bordo de um barco é sempre uma experiência engraçada. Abro o black-out e vejo terra! Será que já estamos a chegar? Não, ainda faltava uma hora e meia, mas Helsínquia também está edificada em ilhas! Toca a despachar! Descemos para o pequeno-almoço e voltamos a subir ao solário para apreciar o atraque ao porto de Helsínquia. Nisto encontramos o João e Carla. Agora que penso nisso foi a única refeição durante toda a viagem que não fizemos juntos.



O atraque no Porto de Helsínquia. Estas manobras são impressionantes!

O dia estava cinzento, com nevoeiro, e foi assim que avistamos Helsínquia. Manobra feita, barco encostado, rápida passagem pelos quartos para pegar nas malas e porão, para montar nas meninas. Hoje começava a segunda parte da subida ao Cabo Norte. Depois da “tareia” da Europa e das pausas nas capitais, sentíamo-nos de novo capazes de mais uns quilómetros valentes até ao norte da Europa. Com a chegada à Finlândia, e após um par de dias a lidar com Coroas, voltavam os Euros e o relógio adiantava uma hora.



Mais uma fronteira, mais uma capital, mais um país!

Começamos o dia com uma volta de moto pela cidade, que se revelou na minha opinião a mais sensaborona de todas as capitais nórdicas, muito fria, edifícios muito cinzentos, a lembrar-nos da proximidade da terra dos Czars. Paramos num par de sítios para fotografar, tomamos um cafezinho e quando voltamos às motos, andava um simpático finlandês, vestido à “executivo” de volta da GSA do João.


O desembarque do ferry, desta vez pela popa



A primeira paragem, junto à Catedral Ortodoxa de Uspenski





Uma voltinha pelo centro


A trocar experiências

Começamos a conversar e ele referiu que tinha uma GSA e que estava a “estudar” o sistema que o João tinha arranjado para segurar o saco da Touratech. Refiro este encontro por uma conversa que tivemos a seguir e que me marcou. Enquanto trocávamos algumas ideias, dissemos que estávamos a subir para o Cabo Norte e ele sai-se com a seguinte afirmação:

-“Não percebo porque é que tanta gente vai ao Cabo Norte! Aquilo é só um penhasco, com uma bola velha e ferrugenta, muito frio e ventoso… mas eu também vou lá este verão com o meu filho de moto!!!

Era um bocado o que eu sentia neste momento, e o que senti nestes dois dias que se seguiram. Será que valia a pena tanto esforço para ver uma bola ferrugenta? Só depois de lá chegar é que tive a resposta.

Entretanto o nevoeiro levantou e deixamos Helsínquia para trás, já com um bonito dia de sol.



A rolar na auto-estrada finlandesa

Os primeiros quilómetros até Lahti, foram feitos numa das poucas auto-estradas finlandesas! Sempre a ritmos moderados, porque segundo informações que reunimos a policia não é para brincadeiras. Paramos para almoçar numa área de serviço e logo de seguida, ao tomar a direcção de Jyväskylä entramos nas bonitas estradas finlandesas e começamos a perceber porque é conhecida a Finlândia como o país dos Mil Lagos. Aquilo é agua por todos os lados, bonitas pastagens verdes, sem duvida o itinerário mais belo que fizemos por terras finlandesas.


Sinais destes eram às centenas, renas e alces é que não víamos nenhum




Mil Lagos!

Um pouco antes de Jyväskylä, ao desviarmos para uma bomba de gasolina, e como as estradas estavam todas em obras, o GPS recalculou a rota, e nós seguimos caminho por umas estradas secundárias. Nisto corte à esquerda, o João pára e eu paro ao lado dele. Era um estradão de terra! Tentamos mais à frente, outro desvio que o GPS indicava, e novo estradão de terra. Pela GSA não havia problema, a Pan… Mas decidi arriscar e foi giríssimo. Um estradão largo e sinuoso, a fazer lembrar as classificativas do rali dos mil lagos, pelo meio de um bosque… Afinal às vezes as maquinas também nos dão boas opções!


Ainda na estrada secundária (Nice photo, Carla!)



Pan TT!!!

A partir daqui, pouco há a contar. Mais uns quilómetros valentes até Oulu, nosso “porto de abrigo” desse dia. E acreditem que a partir daqui, quilómetros, são QUILÓMETROS. Apesar das estradas serem boas, tem muitos radares assinalados e passam mesmo no meio das povoações o que diminui bastante o ritmo. Mas nós também estávamos de férias, por isso não havia pressa.


O céu a “carregar”!


Na chegada a Oulu, a Carla dizia que tinha sido pouco, que por ela fazia mais uns quilómetros

De referir que a uns 50 kms desta cidade a chuva voltou e o frio começou a fazer-se sentir. Chegados ao Cumulus Oulu Hotel, e com o tempo a piorar de uma forma preocupante, optamos por jantar no restaurante do hotel, e fomos descansar.


3 comentários:

  1. mais uma vez o meu ingles esteve no seu melhor... loll
    eu pensava que o gajo tinha lá ido a umas semanas atras com uns amigos..
    bem e a parte do "frio se fazer sentir" va lá vai que ja estava um gelo do caraças

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  2. Por ser motard também (FJR) segui com muito interesse a vossa aventura só ao alcance de alguns bravos, que não é o meu caso.Fiz 1 semana depois o mesmo percurso ( de carro)que vocês fizeram entre Helsinquia e Vitasaari e confirmo as obras na estrada, e que também não vi rena nenhuma, apesar dos inúmeros sinais delas.Boas Curvas.

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  3. Frio... chuva tal que... no dia seguinte... COMPRAS!!!! :)

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