HAMNOY(N) – BODO(N) – 32KMS

08/06/2010

Despertamos com um dia estupendo! O Vestfjord apresentava-se agora com umas tonalidades diferentes, mais claras. mais azuis… um espanto! Depois de tomado o pequeno-almoço preparado pelas nossas meninas, era hora de fazer os quilómetros que faltavam até A, ultima aldeia das Lofoten, da qual tinha lido maravilhas. Antes ainda passamos pela recepção e tivemos a informação que havia dois barcos por dia para Bodo, ao meio-dia e ao fim da tarde. Eu confesso que estava renitente em abandonar o arquipélago, estava tão encantado com aquela beleza toda que por mim ficava ali uns dias a descansar. Mas os dias não esticam… Combinamos ir dar uma volta e se justificasse, ficaríamos até à noite.

As vistas da nossa cabana ao amanhecer







A despedida de Hamnoy e do Vestfjord

Pegamos nas motos e cada metro que fizemos daí para a frente ficarão gravados para sempre na minha memória! Reine, Moskenes e A, foram as povoações que se seguiram, tudo numa harmonia perfeita com a natureza envolvente. De minuto a minuto apetecia parar para contemplar e absorver tudo o que ia saltando aos nossos olhos.

Reine






E durante o trajecto até A



A contemplar a beleza das ilhas

Chegados a A, mais uma surpresa! Uma aldeia pequena, com as casas todas sobre estacas encavalitadas nas rochas e no mar, todas pintadas de vermelho, amarelo e branco, um espanto! Paramos as motos e fomos dar um pequeno passeio.

A

À porta de um museu resolvi saciar a minha curiosidade com um ancião acerca das espécies de peixes que víamos pendurados a secar por todo lado. Ficamos a saber que uma grande parte é bacalhau e ainda nos explicou os processos de captura, seca e transporte. Provavelmente um daqueles peixes que vimos pendurados ainda vai parar à nossa mesa em Portugal!

À conversa com o ancião junto ao Museu da Pesca

Depois de compradas algumas recordações e como ainda era cedo, resolvemos apanhar o primeiro ferrie. Dirigimo-nos para o porto de Moskenes e passados uns poucos minutos chegava o ferrie que nos levaria de volta à Noruega continental. Embarcamos e subimos ao solário para apreciar a saída. A travessia demora cerca de quatro horas, mas o dia estava tão claro e límpido que se via ao longe o nosso destino.

A chegada do ferrie e o embarque

As Lofoten tinham-se definitivamente revelado um dos pontos altos da viagem! E estávamos, passados três dias na Noruega, completamente rendidos à beleza do país!

Adeus Lofoten, e até ao nosso regresso!






Relax a bordo!


As Lofoten ficavam para trás…


… e a Noruega continental esperava-nos!

Aproveitamos o tempo a bordo para regalar ainda mais as vistas, descansar, apanhar sol e almoçar. A chegada a Bodo também se revelou muito bonita, com o barco a contornar dezenas de ilhéus e com as montanhas brancas a receber-nos. O nosso hotel era perto do porto e com a ajuda do GPS, lá chegamos rapidamente.

A contornar as ilhas





A chegada a Bodo


Duas flores em Bodo

Passamos o resto da tarde entre a recepção e a esplanada e jantamos no restaurante do hotel. Nesta refeição aconteceu de tudo! Depois de escolhidos os pratos, chamamos a menina para registar o pedido, mas informou-nos que teríamos que ir à caixa para o fazer. O João levantou-se e chegado à caixa e quem encontrou? A mesma menina que ainda lhe passou para a mão um tabuleiro com as bebidas para levar para a mesa. No fim já não nos serviu café, porque já tinha limpo a maquina e ainda nos apresentou uma conta de 140€ por umas saladas e uns refrigerantes!!! Fomo-nos apercebendo com este e outros exemplos que nos países nórdicos os horários cumprem-se à risca, e principalmente na Noruega o nível de vida é estupidamente caro para as nossas carteiras!
Mas nada que beliscasse sequer a impressão que já tínhamos da Noruega, e que nos dias seguintes, ainda foi cimentada! É sem duvida alguma o país mais bonito de todos os que visitamos no norte da Europa!

Um país lindo, com uma bandeira a condizer