TROMSO(N) - HAMNOY(N) - 543KMS

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Lofoten, um paraíso na terra!


07/06/2010

Este era um dia marcado a vermelho na nossa rota! O nosso destino era o Arquipélago das Lofoten, considerado pelo National Geographic como o terceiro mais bonito arquipélago do mundo. A titulo de curiosidade o primeiro lugar neste ranking é ocupado pelas Ilhas Faroe e o segundo pelos nossos Açores.

O dia apresentava-se cinzento, com uma chuva miudinha, mas mesmo assim aproveitamos para dar uma volta rápida por Tromso. Depois de um café junto ao porto da cidade, pegamos nas motos e fizemo-nos à estrada.

O centro de Tromso



A deixar a cidade para trás

Até à hora de almoço a estrada revelou-se muito divertida, sempre a subir e descer montanhas, com curvas e contra-curvas, enfim uma delícia. Passamos uma zona cheia de lagos, alguns dos quais ainda gelados, vimos fiordes desde o topo das montanhas, paramos para fotografar e até o tempo ia melhorando. Almoçamos junto a um bonito fiorde, mesmo no cruzamento em que tomaríamos a E10, estrada que nos levaria até às Lofoten.

A atravessar as montanhas que circundam Tromso




O primeiro lago gelado



As vistas do cimo das montanhas





O segundo lago, também em parte gelado


O fiorde onde almoçamos

Enquanto preparava o itinerário desta viagem, descobri um site onde estão catalogadas as National Tourist Routes Of Norway, que mais não são que as mais bonitas e panorâmicas estradas da Noruega. Iríamos percorrer sete destas estradas no trajecto da Noruega e a estreia seria a tal E10, estrada que nos levaria a conhecer as várias ilhas que compõe o Arquipélago das Lofoten.

A entrada no Arquipélago






Primeira paragem

O acesso à primeira ilha é feito por uma ponte com cerca de 1Km, e o que viria a seguir é difícil de descrever. Um encadeado de curvas, pontes e túneis, ilhas e ilhotas, um mar límpido rodeado de picos aguçados e nevados, praias de areia branca, casas amarelas e vermelhas a contratar com o verde dos campos e, a embelezar ainda mais todo este cenário que nos saltava à vista a cada curva, o sol e um céu de um azul fascinante.

As imagens atestam a beleza do trajecto

Paramos em Svolvaer, a maior cidade das ilhas, e como havíamos almoçado bem e tínhamos à nossa espera uma cabana previamente reservada, lancei o desafio de aproveitarmos e jantarmos no nosso recanto! Paramos numa bomba e abastecemo-nos com comida para o jantar e pequeno-almoço, tudo isto posteriormente transportado ao colo das nossas queridas penduras! Sim, que nas malas já nem uma batata frita cabia!
Fizemos os quilómetros que faltavam até Hamnoy, nosso porto de abrigo desse dia, e logo à chegada, a impressão que ficamos do local aquando da reserva na internet, foi amplamente superada. Uma antiga aldeia de pescadores na entrada do Vestfjorde, com as casinhas vermelhas sobre estacas todas recuperadas, um porto de pesca, estendais com peixe a secar, um sossego absoluto e tudo rodeado por picos nevados e água… Lindíssimo!

Vestfjord



















Hamnoy em imagens



Peixe a secar


Afinal não era só eu que estava vaidoso!


O animado jantar em casa

Paradas as motas em frente à Svein-Bua Roburer (nossa cabana) aproveitamos o sol que ainda andava por cima dos picos e sentamo-nos no pátio a conversar! Depois fomos jantar e a moleza apoderou-se de nós. Estávamos todos refastelados na sala quando a Andreia começou a desafiar-nos para pegar nas motas e ir ver o sol da meia-noite. Ali, em Hamnoy, apesar de estar um dia claríssimo, o sol já estava há muito escondido atrás das montanhas. Recordamo-nos que no trajecto até ali, tínhamos passado uma zona entre duas ilhas de mar aberto.
Não era longe, por isso pegamos nas motos e fomos até lá. Após uns quilómetros e depois de contornadas as montanhas, ali estava ele, ainda bem alto sobre o mar. Paramos junto a uma praia e pusemo-nos a apreciar e a fotografar o espectáculo. Eram umas onze da noite, não havia uma nuvem no céu e as tonalidades de cores no mar e em terra estavam deslumbrantes.

SOL DA MEIA-NOITE!!!

O sol ia descendo até ao mar, sem nunca o tocar, e a determinada altura começou a subir de novo. A verdade é que a ausência de noite e a presença do sol durante 24 horas nos dá uma energia extra, e talvez por isso, ali ficamos a apreciar mais um capricho da natureza até tarde. Estávamos tão energéticos e deslumbrados que disparamos para cima de 400 fotografias!

Companheiras tagarelas de viagem!





Heroínas

Para mim caía também ali um “mito”! Pensava que os únicos dia e sítio em que o sol nunca tocava o oceano eram o solstício de Verão (21 de Junho) e o Cabo Norte. Afinal as Lofoten tinham mais esse segredo para nos revelar!

As diferentes tonalidades






Riding at midnight sun land!

Extasiados pelo que tínhamos acabado de presenciar, era altura de regressar ao nosso ninho. Chegados a Hamnoy, fomos descansar, que o dia tinha sido longo, intenso e absolutamente deslumbrante!

Não fomos os únicos a ter a mesma ideia





O regresso a casa