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04/08/10

HONNINGSVAG(N) – NORDKAPP(N) – TROMSO(N) – 582KMS

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Finalmente Nordkapp e o caminho para sul

06/06/2010



Depois de uma noite mal dormida descemos para o pequeno-almoço. O dia apresentava-se cinzento mas a chuva tinha parado e o vento estava mais calmo. Agora é só esperar que a estrada não esteja cortada pelo nevão.
Enquanto eu carregava a moto, a Andreia encontrou o casal de holandeses. Estavam no mesmo hotel que nós. Ontem enquanto descíamos frustrados por não atingir o nosso destino, cruzamo-nos com eles. Tinham arriscado e foram até à bola, mas o tempo piorou de tal maneira que tiveram que deixar lá as motos e regressar à boleia num autocarro de turistas. Estavam preocupados com as motos e esperavam nova boleia para cima. Parece que ontem tomamos a melhor opção!



Estes bichinhos passeavam-se pelos jardins como animais domésticos

Fizemo-nos à estrada para os famosos 30 kms que faltavam até ao norte da Europa! A ansiedade era grande, o coração batia forte, foram muitos meses a preparar este momento! À medida que nos íamos embrenhando no interior da ilha, o vento tornava-se mais forte e em alguns troços notava-se ainda a intempérie do dia anterior.









O trajecto ainda com marcas da intempérie do dia anterior

Vejo novamente o mar, olho ao longe e avisto um edifício. Seria ali? Não ainda temos que percorrer mais uns poucos quilómetros. Aí vamos nós, está quase… e após uma curva, sem aviso, avistamos o complexo do Nordkapp ao longe. Olho para o Gps e vejo a bandeirinha e o fim da estrada!



O coração batia forte


Fresquinho!


"A portagem"

Depois de pagar a entrada, viro para o parque mas vejo ao longe umas motas a circular. Mas não se passa? Ai não que não se passa. O João, do alto da sua GSA galgou logo uma pedra e encaminhou-se para a bola. Eu ainda fiquei uns segundos especado, mas pedi à Andreia que saltasse da mota e com muito jeitinho lá passei por entre duas pedras que delimitavam o parque. Contorno o edifício e lá está ela, a bola ferrugenta, o fim da estrada, o precipício sobre o mar, o ponto mais a norte da Europa possível de alcançar de mota! Paramos e esperamos que uns alemães acabassem a sua sessão fotográfica. Nisto foi a nossa vez, os seis juntos, as triplas, só um, agora outro, deste lado que fica melhor, disparamos dezenas de fotografias para registar o momento!






NORDKAPP!!! CHEGAMOS!!! ADORO ESTA BOLINHA FERRUGENTA!!!


As vistas!


O complexo

Eu estava absolutamente fascinado! As emoções tomaram conta de mim, era o realizar de um sonho, de um projecto pessoal que organizei e preparei com todo o carinho. Ali estava eu com a minha moto, com a Andreia, minha companheira de viagens e de vida, e com os meus amigos João e Carla! FANTÁSTICO! Só havia uma pontinha de desilusão, pelo tempo. Decididamente, e depois de tudo o que passamos, merecíamos um dia mais bonito, mas… pode ser que quando cá voltar tenha mais sorte!

Finalmente tive a resposta que procurava há uns dias! Valeu a pena tanto esforço? Se valeu, não dá para explicar, só chegando lá e sentindo!!!




Mais umas fotos de sítios que estava habituado a ver em crónicas de outros

Depois de vivido e fotografado intensamente o momento, dirigimo-nos ao complexo para espreitar o que lá se passava. Estavam os alemães cá fora e o complexo só abria às onze. Aproveitamos para trocar ideias, confrontar trajectos, enfim partilhar experiencias. Ainda regressei com a Andreia à bola para tirar a foto que me havia esquecido, com a bandeira do meu Vitória!


VITÓÓÓÓÓÓRIA

Assim que as portas se abriram, entramos para a visita. Basicamente é um complexo com uma loja de recordações com tudo o que se possa imaginar relativo ao Nordkapp, um restaurante e dois anfiteatros escavados sob a rocha, um onde passam um filme sobre o local e sua história, e outro com uma grande janela e varanda com vista para o mar, e para o sol, se o houvesse! Também há uns marcos do correio, que garantem ser o único sitio onde põem o carimbo Nordkapp. Aproveitamos e enviamos alguns postais aos amigos e compramos umas recordações, entre elas um bonito certificado de presença e uns autocolantes para colar na TiXa.


A entrada


Os quadros teimavam em gozar connosco


O corredor escavado sob o cabo



O anfiteatro e a varanda sobre o precipício


A dureza do inverno ainda bem presente


O cinema


E o hall da recepção

Enquanto tomávamos um cafezinho apareceu o casal de holandeses, visivelmente aliviados por encontrarem as suas meninas intactas. Trocamos votos de boa viagem e eles seguiram à sua vida. Nós, depois de absorvido bem o momento, também montamos as nossas motos e arrancamos, pela primeira vez nesta viagem, com destino a sul…



O Ponto de retorno! É bonito o movimento de motos que se vê por aquelas bandas

Nova passagem pelo túnel, nova portagem, outra vez a belíssima E69 e outra vez a chuva. Paramos para almoçar e encontramo-nos pela última vez com os holandeses. Curioso o ritmo que levavam, sempre devagar, dentro dos limites de velocidade, só que quando paravam demoravam metade do tempo que nós! Até nisso se nota a diferença entre os latinos e os povos do norte da Europa.









A bonita E69 de novo, e com muita chuvinha

A partir daqui o tempo foi melhorando e depois de passarmos por Alta, começamos a encantar as vistas com os fiordes noruegueses. A estrada acompanha a linha de costa norueguesa e há uma parte mais acidentada em que se sobe ao topo de uma montanha que estava completamente branca, sempre com o mar à direita, que é DESLUMBRANTE.


Paragem no primeiro fiorde, com sol!


A Tixa, toda vaidosa! Vá, o dono também!








As fantásticas e divertidas estradas norueguesas


As ultimas renas que vimos





Um troço de estrada fabuloso! De um lado montanha nevada...




... do outro o mar!


Para acrescentar à beleza de tudo aquilo, ainda se vê cascatas!


E mais um fiorde

O nosso destino era Tromso, a capital da Finnmark, e aqui dá-se uma curiosidade. O GPS dizia-me que faltavam 80 kms e as placas da estrada indicavam 200 e muitos. Paramos para abastecer e perguntei à menina da bomba a que se devia tal facto. Havia dois trajectos possíveis, sempre por estrada ou cortando caminho com dois ferries! Ahhhh!



O bonito fiorde que iríamos atravessar de ferrie




A espera, a chegada e o embarque


As meninas a descansar cá fora...


... e nós a aquecer lá dentro!



As vistas durante a travessia


O desembarque

Ora como na Noruega 300kms, são muitos quilómetros, optamos pelo trajecto do GPS. A verdade é que estas travessias também sabem bem para descansar e por norma, as vistas são lindíssimas. Chegados ao primeiro ferrie, e como ainda estava demorado, jantamos e passado um bom bocado embarcamos as motos e fizemos a primeira travessia, mais uns minutos por estradas secundarias, mais um ferrie, e seriam umas 10 da noite quando avistamos pela primeira vez Tromso, com um pôr-do-sol fantástico no horizonte. Ora bem, pôr-do-sol não era, mas como a cidade está envolvida por montanhas, o sol esconde-se. Rapidamente encontramos o hotel e fomos descansar, com um dia claríssimo lá fora!



À chegada a Tromso, o panorama era este


Com contra-luz



Já no hotel, com um cenário lindíssimo

4 comentários:

  1. Não há palavras para descrever este dia, só estando lá é que se consegue entender o entusiasmo e emoção sentidos!!!...a saída do Hotel, o caminho percorrido, estávamos todos em delírio :) Penso que as fotografias "falam" por si...a BOLA FERRUGENTA é FANTÁSTICA!!!!!
    O ambiente no Cabo Norte é único, o contacto com as pessoas, essencialmente, aquelas que, tal como nós, estavam deliciadas em finalmente ter alcançado o principal objectivo!!! parecia tudo surreal...
    Após a quantidade certa de fotos e "regalos" que nos satisfizessem, iniciamos a descida fantástica pela Noruega!
    O 1º contacto com o Italiano foi no Cabo Norte :) mal sabíamos o que aí vinha!! :D

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  2. Lembro-me muito bem tambem, de lá ver uma Africa twin... com um sr espectacular (que nao me lembro a nacionalidade) que tinha um impermeavel que dizia.. (salvo erro) "Onde esta o Sol?" muito bem aplicado naquela altura sem duvida!

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  3. Confirmo a história do italiano, esse grande amigo nosso, mestre na arte da fotografia! Foi à custa das suas doutas instruções que eu comecei a tirar umas fotos de jeito!

    Essa do impermeável também foi castiça! Enfim, até disso já nos ríamos

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  4. A nacionalidade do sr. que tinha um fato de chuva ROSA CHOQUE, era suiço... e salvo erro, dizia "following de sun" :)
    A Carla é que pode confirmar!!!

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